quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Voltando ao PDT

O ex-governador Anthony Garotinho deve retornar ao PDT, partido ao qual se elegeu governador em 1998, com o apoio de Leonel Brizola. Filiado ao PDT no qual permaneceu por 18 anos, Garotinho ficou na legenda de 1983 à 2000, até sua divergência com o líder maior do partido, Leonel Brizola. O entendimento com o presidente nacional, Carlos Lupi, aconteceu em encontro há poucas semanas, e até mesmo a entrada do filho do presidente nacional da legenda, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde é suplente, faz parte do entendimento, que passaria pela entrada de Fernando William no governo de Marcelo Crivella (PRB). Não se sabe ainda como a cúpula do PDT irá reagir a essa grande novidade, mas é certo que nomes como de Cidinha Campos (PDT), ferrenha adversária política da família Garotinho, não ficará nada satisfeita. Vale lembrar que a deputada estadual coloca publicamente na conta da briga com Garotinho, a morte de Leonel Brizola, além de insultos e acusações das mais graves ao longo dos anos. Já as brigas com Lupi e acusações das mais ferrenhas também tendem a ficar de lado, com a famosa "borracha" da política apagando tudo o que foi dito. Como na política é possível se imaginar de tudo um pouco ... O primeiro partido de Garotinho foi o PT, em 1980, onde permaneceu até 1983, quando foi para o PDT, onde permaneceu até 2000, e na sua saída promoveu um ato de desfiliação coletiva de deputados e prefeitos, além dos secretários de estado, como forma de demonstrar força na sua briga com Brizola. No Rio se desfiliando do PDT cerca de 12 mil filiados, dos quais 14 dos 17 deputados estaduais; cinco dos oito deputados federais, além de 33 prefeitos eleitos no interior do Estado. "Se alguém costeou o alambrado para a direita foi o Brizola", disse Garotinho na ocasião, acusando Brizola de ser o culpado pelo rompimento. Em 2001, filiou-se ao PSB, e lá disputou a Presidência da República. Já em 2003 passou a integrar o quadro do PMDB até 2009, quando seguiu para o PR. Sua saída do Partido da República (PR), ao qual é presidente estadual e se elegeu deputado federal, em 2010, parece mesmo questão de poucas arrumações com Waldemar da Costa, quem comanda verdadeiramente toda a movimentação do partido, do qual expulsou recentemente a filha do ex-governador, a deputada federal Clarissa Garotinho, que foi apadrinhada no PRB, pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella. É aguardar as próximas semanas, porque se alguns vão passar o carnaval na folia e curtindo os novos desenhos políticos, outros com certeza vão passar já no clima de quarta-feira de cinzas.

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