sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Chequinho: Quatro vereadores condenados a 5 anos e 4 meses, em regime semiaberto

Nesta sexta-feira (01/12), o “escandaloso esquema” do Chequinho ganhou mais um capítulo, com a condenação dos vereadores Thiago Virgílio (PTC), Jorge Rangel (PTB), Linda Mara (PTC) e Kellinho (PR). De acordo com a sentença do juiz da 76ª Zona Eleitoral, Ricardo Coimbra, os quatro distribuíram Cheque Cidadão em troca de votos, nas eleições de 2016.

Os quatro foram condenados a cinco anos e quatro meses de prisão, em regime semi-aberto. Os quatro vereadores vão permanecer nos cargos, pelo menos até o julgamento em segunda instância.

*Com informações do blog Na Curva do Rio.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Casal Garotinho preso pela Federal



A Polícia Federal iniciou nas primeiras horas do dia uma nova operação em Campos e no Rio de Janeiro, tendo como alvos os ex-governadores Anthony Garotinho (PR) e Rosinha Garotinho (PR), além do ex-secretário de Controle e Orçamento de Campos, Suledil Bernardino.

O casal Garotinho foi preso preventivamente, Rosinha em sua residência, na Lapa, em Campos, e Garotinho na cidade do Rio de Janeiro, no bairro do Flamengo, na capital carioca. Ambos foram conduzidos para a PF. Apesar de ter sido afastada do cargo de prefeita, algumas vezes, Rosinha nunca havia sido presa, ao contrário de Garotinho, que volta à ficar atrás das grades.

Ao todo são nove mandados de prisão e outros 10 de busca e apreensão, sendo em Campos, Rio de Janeiro e São Paulo.

Garotinho que ao longo das últimas semanas em seu programa de rádio, na Tupi, destacou veementemente a prisão de autoridades públicas do estado, volta agora a ser a principal notícia.

O advogado Fernando Fernandes, que publicamente havia anunciado que não mais estaria à frente das defesas do ex-governador, está com Garotinho, na sede da PF.

Eles são acusados de integrarem uma organização criminosa que tinha o objetivo de sacar de empresários recursos para a utilização em campanhas eleitorais, mediante a extorsões. Outras seis pessoas foram identificadas, entre eles, um ex-policial civil.


Suledil Bernardino, ex-secretário de Controle e Orçamento no governo Rosinha Garotinho (PR) foi conduzido para a PF, depois de ser localizado em sua residência, na Rua Raul Abbott Escobar, no Parque Califórnia, por volta das 8 horas.

Homem forte do casal Garotinho, Suledil é conhecido pela confiança a ele depositada ao longo de anos, em cargos de extrema relevância nos governos.


A acusação contra o casal ainda os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e crime eleitoral por omitir doações em suas prestações de contas.

Segundo o Ministério Público o esquema funcionou nas eleições de 2010, 2012, 2014 e 2016. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Glaucemir de Oliveira, da 98 Zona Eleitoral de Campos.

Em nota a assessoria de Garotinho "atribui à perseguição que vem sofrendo, e que 
nem ele ou qualquer um dos acusados teriam cometido crimes, e que este casa ainda não teria relação com a Operação Lava Jato".

Garotinho será levado para o presídio de Benfica, onde estão presos o também ex-governador e aliado, Sérgio Cabral, além dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Já Rosinha Garotinho deve ser levada para o presídio feminino de Campos.


Essa é a terceira prisão de Garotinho. As outras duas na Operação Chequinho, por
compra de votos em Campos. Preso em setembro depois de condenação em primeira instância, Garotinho recorreu e conseguiu cumprir prisão domiciliar usando tornozeleira eletrônica, até decisão liminar que o libertou.

Mais informações ao longo do dia ...

domingo, 19 de novembro de 2017

Decisão da Série C do Rio reúne dois expoentes da luta contra o racismo no futebol

Foto: Gabriel Torres
Do Livesport:

O destino parece ter entrado em campo para escolher com cuidado os finalistas do Campeonato Carioca da Série C. Na véspera do dia em que se celebra a consciência negra, feriado no Rio e em outros nove estados, os dois times que entrarão em campo para o segundo jogo da decisão, ostentam uma bela e invejável trajetória de combate ao racismo e a qualquer tipo de discriminação. Concebido para ser um clube multicultural, reunindo brasileiros e atletas haitianos refugiados no país em busca do sonho de seguir carreira no esporte, o Pérolas Negras medirá forças com o Campos, clube fundado em 1912, que teve negros entres seus fundadores desde o início, em um momento no qual, nos grandes centros urbanos, se questionava até mesmo seu direito de atuar como atletas. Um confronto capaz de orgulhar Zumbi dos Palmares.


Torcedor do Campos, o jornalista Wesley Machado mergulhou nos feitos do roxinho e lançou em 2012, antes do retorno do clube ao futebol profissional, o livro “Saudosas pelejas: a história do Campos Athletic Association”, já esgotado. A obra, uma das raras a contemplar o período do Campeonato Fluminense, disputados pelos clubes do antigo estado do Rio de Janeiro, antes da fusão com a Guanabara, explica a escolha pelas das cores. O preto e o branco revelam uma preocupação em retratar a mistura das raças, enquanto o roxo é uma alusão ao cemitério do Caju, bairro onde o Campos foi fundado.

— Ângelo de Carvalho foi um dos fundadores do Campos. Era negro e foi presidente do clube. Na fundação, havia também duas mulheres, Angelina Carvalho Muniz e Maria Batista. Fomos também o primeiro time inteiramente formado por negros a ser campeão no Brasil em competições regulares. Aconteceu no primeiro dos seis títulos que temos da Liga Campistas de Desportos, em 1918, apenas 30 anos após a abolição da escravidão, quando a questão racial era um tabu ainda maior no Brasil — afirma.

O pesquisador lembra que o ambiente social para inclusão dos negros esporte, àquela altura, anda era muito delicado, e cita episódios históricos capazes de envergonhar, mas que não podem ser esquecidos.

— Os negros foram proibidos de jogar no Brasil em duas ocasiões. Em 1907, durante o Campeonato Carioca, quando o Bangu se desfiliou da liga e deixou a competição. Na ocasião, a organização rejeitou o registro do lateral-esquerdo de Paulino de Souza, do Botafogo, que acabaria como campeão. E em 1921, quando o então presidente da república, Epitácio Pessoa, recomendou que a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) não levasse “jogadores de cor” para o Campeonato Sul-americano da Argentina — conclui Machado.

PÉROLAS NEGRAS: O DESAFIO DO COMBATE A NOVA FACE DO RACISMO
A Academia de Futebol Pérolas Negras surgiu quando o Viva Rio foi convidado a desenvolver uma missão no Haiti para aproximar esporte e cidadania. A situação de miséria foi país foi agravada por um terremoto em 2010 que arrasou a capital Porto Príncipe e deixou mais de 200 mil mortos. Aos poucos, o projeto, iniciado nas divisões de base, tornou-se hegemônico no país, mas o desorganizado campeonato nacional, com seu baixo nível técnico, era um obstáculo para o desenvolvimento das promessas locais, que precisavam de intercâmbio com equipes de qualidade superior.

Com um elenco totalmente formado por haitianos, o clube foi convidado a disputar as duas últimas edições da Copa São Paulo de Futebol Júnior. No Rio, o convênio para que jogasse competições de base em parceria com o Audax, no ano passado, fez com que a Ferj passasse a tratar atletas refugiados como se fossem brasileiros, isto é, sem prejuízo da cota de estrangeiros por equipe. Esse ano, o Pérolas Negras se profissionalizou e passou a jogar a Série C, equivalente à quarta divisão, por conta própria. O treinador Rafael Novaes, que iniciou o trabalho de base do clube no Haiti e dirige a equipe desde o início da caminhada que levou o elenco à decisão, reconhece que o time foi bem acolhido no Brasil, mas isso não evitou a xenofobia encontrada em outros países durante competições amistosas.

— Nossa busca pela igualdade de oportunidades é de longa data. Estamos plantando uma sementinha: em todos os lugares do Brasil temos sido muito bem tratados e só temos a agradecer pelo carinho. É uma pena que isso não aconteça com todos os nossos irmãos. Já rodamos o mundo inteiro, jogando competições na Noruega e na Suécia, por exemplo. Não quero citar casos específicos, mas  já passamos por situações desagradáveis, como hostilidade de pais de atletas e da arbitragem. Nós procuramos mostrar que, dentro de campo, todos são iguais. Uma vez, um árbitro não quis nem apertar a mão de um zagueiro nosso. Os haitianos sofrem muito com o racismo e com a xenofobia. Mas isso não nos desanima — explica.

A independência e a identidade do Haiti estão intimamente relacionadas à cultura negra. Inspirados pelos ideais da Revolução Francesa, negros escravizados, que compunham o maior grupo étnico do país, lideraram um sangrento movimento de libertação em relação à França, um fato histórico sem paralelo no mundo: a Revolta de São Domingos, iniciada em 1791 e concluída em 1804. Já íntimo da cultura haitiana, o treinador, que aprendeu a falar francês e crioulo haitiano na missão, entende que, aos poucos, o Pérolas Negras ajuda a mudar um pouco a percepção brasileira sobre o Haiti, demonstrando que o país não se resume a tragédia humanitária e sofrimento.

— Depois de quase dois anos, estamos ficando a bandeira do Haiti em todos os lugares onde vamos. Antes era só tragédia, pobreza, coisas que queremos que os haitianos esqueçam um pouco através do futebol. Isto eleva a autoestima e mostra que os meninos são capazes, porque não aguentam mais falar de desgraça e falar sobre os parentes que perderam. Fico feliz que a decisão tenha reservado um confronto entre duas equipes donas de uma história tão bonita. Que possamos sempre lutar por esses ideias de inclusão e de busca pela igualdade — conclui Novaes.

PÉROLAS NEGRAS ABRIU BOA VANTAGEM NO PRIMEIRO JOGO
Fora de campo, as normas para combater o racismo também tem endurecido. A constituição de 1988 transformou a prática em crime inafiançável. Em setembro deste ano, a a Secretaria estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (Sedhmi) criou o Disque Combate ao preconceito, que funciona pelo telefone 2334-9551. No mesmo mês, a Assembleia Legislativa do Estado Rio de Janeiro (Alerj) aprovou uma lei que prevê multa para os clubes em caso de racismo de suas torcidas nos estádios. Os valores variam de R$ 155 a R$ 155 mil, além da suspensão da partida. Os recursos levantados com a aplicação das multas serão direcionados para o Fundo Estadual de Combate ao Racismo.

Campeões de suas chaves na fase classificatória, Pérolas Negras e Campos chegaram à decisão da Série C com vaga já assegurada para a Série B2 de 2018. O jogo de ida foi realizado na última quinta-feira, no estádio do Avelar Esporte Clube, em Paty do Alferes, quando os donos da casa venceram por 3 a 0. Neste domingo, o Campos precisa vencer por pelo menos três gols de diferença, para levar a decisão para a disputa de penalidades, no Estádio Antônio Ferreira de Medeiros, em Cardoso Moreira. O confronto terá início às 16h.

Reverter a vantagem aberta pelo Pérolas Negras é difícil, mas o técnico Guilherme Batista não se dá por vencido.

— O resultado obviamente não foi o que esperávamos. Estávamos muito confiantes no resultado. Depois do acesso, nosso objetivo é o título, e quero deixar bem claro que não desistimos. Estudamos o adversário mas, infelizmente, não conseguimos contê-lo. Nas nossas oportunidades, não fomos felizes. Jogamos muito abaixo do que apresentemos durante a competição. Temos noventa minutos para reverter a vantagem e só podemos nos entregar quando der o apito final — analisa.

O domingo reserva ainda outros dois jogos, pelos playoffs de acesso, que ainda oferecem outras duas vagas na Série A. No mesmo horário, o 7 de Abril, da Paciência, enfrenta o Resende, no Estádio De Los Lários, em Duque de Caxias. No primeiro jogo, o 7 de Abril levou a melhor, com vitória por 2 a 1. Como fez melhor campanha e joga por dois resultados iguais, pode perder por até um gol de diferença que estará na Série B2 em 2018. O Casimiro de Abreu vive situação semelhante. Depois de empatar fora de casa em 1 a 1 com o Tomazinho, de São João de Meriti, depende apenas de um empate para confirmar o acesso.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Chequinho: Ozéias e Miguelito condenados a regime semiaberto, Ana Alice e Gisele vão prestar serviços comunitários

O juiz Ricardo Coimbra, da 76ª Zona Eleitoral, condenou a prisão os vereadores eleitos em 2016, Ozéias (PSDB), Miguelito (PSL) e a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social da Prefeitura de Campos,  Ana Alice Alvarenga e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Kock Soares. 

Condenadas, cada uma a um ano e três meses de prisão, Ana Alice e Gisele tiveram as penas foi convertidas para prestação de serviços comunitários em hospitais públicos da cidade. Elas também não poderão ocupar cargos públicos e eletivos, temporariamente.

Já os dois ex-vereadores, além de perderem os mandatos eletivos, foram condenados a cinco anos e quatro meses de reclusão, em regime semiaberto, isto é, eles podem sair durante o dia para trabalhar e retornar ao presídio todas as noites.

O primeiro condenado em ação penal, no caso “Chequinho”, foi Anthony Garotinho, condenado a mais de 10 anos de prisão. Ele está recorrendo da sentença de primeira instância em liberdade.

A notícia foi divulgada em primeira mão pelo blog Na Curva do Rio.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Pudim vence no TRE por unanimidade e está livre da acusação de infidelidade partidária


 Por seis votos a zero, o Tribunal Regional Eleitoral - TRE/RJ, decidiu na noite desta segunda-feira (09/10), que o deputado Estadual Geraldo Pudim (PMDB), não cometeu ato de infidelidade partidária ao deixar o Partido da República (PR).

Pudim saiu do Partido da República, após sucessivos atos de exclusão, praticados pelo então presidente da sigla, Anthony Garotinho.
  
Foi usada em sua defesa uma nota atestada por toda a bancada do PR que dizia que ele não havia cometido infidelidade partidária. Garotinho não aceitou a decisão da bancada e proibiu o deputado Pudim de utilizar a sigla do Partido na Assembleia Legislativa, através de uma carta enviada ao Presidente da Casa. “Ele tomou uma decisão de imperador, me proibiu de usar a sigla do PR na Assembleia, sem que a comissão de ética fosse ouvida, sem que eu fosse ouvido, sem que houvesse o devido processo legal, ou que eu pudesse apresentar qualquer defesa”, contou Pudim. 

Geraldo Pudim também foi retirado da executiva do Partido unilateralmente, por Anthony Garotinho. 

O Partido da República não pediu na Justiça os mandatos dos deputados Márcia Jeovani, Felipe Soares, Jair Bittencourt, Clarissa Garotinho, que também mudaram para outros partidos no decorrer dos mandatos.

“Hoje me sinto aliviado por saber que em mais de 30 anos de vida pública, nunca cometi nenhum ato que pudesse macular minha atividade política.

O pedido do meu mandato foi um ato de covardia e de perseguição por eu não compactuar com as atitudes insanas do presidente da legenda, que se sente acima de tudo e de todos. Ele vive num mundo que só ele está certo e os outros tem que baixar a cabeça e concordar. Quem pensa fora desse universo torna-se inimigo, não levou em consideração os anos que estive junto.


Mas a justiça foi feita e hoje sinto que essa etapa em minha vida acabou. Estou livre dessas amarras que tanto me fez mal. Sou um novo homem”, disse Pudim.

*Ascom

Sindicância conclui que Paulo Cassiano não cometeu transgressões e pede instauração de inquérito de Denunciação Caluniosa contra Rosinha


A sindicância 233/2016, instaurada pela Polícia Federal, para apurar supostos abusos cometidos pelo delegado Paulo Cassiano Júnior, no curso da Operação Chequinho, concluiu que as acusações feitas pela ex-prefeita Rosinha Garotinho não eram verdadeiras.


Membros da Corregedoria Regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro estiveram em Campos e realizaram várias diligências, ouviram diversas testemunhas da investigação, servidores da Polícia Federal lotados na delegacia, tiveram acesso a documentos do inquérito policial e após verificar tudo isso, chegaram a conclusão que não houve transgressão por parte do delegado, nem de nenhum policial federal de Campos em atos que pudessem comprometer o teor da investigação.

Ao concluir que na verdade nenhuma testemunha foi torturada, nem coagida, que não houve dificuldade de acesso dos advogados aos autos e que não ocorreu nenhuma aliança política, jurídica, partidária e midiática para prejudicar o grupo do Garotinho, conforme dizia a acusação, a corregedoria determinou extração de peças da denúncia assinada por Rosinha, protocolada na Corregedoria de Polícia Federal do Rio de Janeiro, para instauração de inquérito policial para apurar o crime de  crime de denunciação caluniosa contra a ex-prefeita. 

OS TRÂMITES DA SINDICÂNCIA
A sindicância é um trabalho de apuração administrativo disciplinar, que envolve vários delegados de Polícia, e tem início com as apurações realizadas pelo delegado Sindicante, que prepara um relatório, que é submetido a outro delegado, que elabora um parecer, que posteriormente é submetido à chefe do Núcleo de Disciplina, depois ao Corregedor da Polícia Federal e posteriormente ao Superintendente.

O delegado Paulo Cassiano Júnior foi absolvido de todas as acusações da denúncia e o processo foi arquivado.

OPERAÇÃO CHEQUINHO
Em 29 de agosto de 2016, ocorreu a primeira operação que veio revelar o “escandaloso esquema  de compra de votos”, que ficou famoso como o escândalo do “Chequinho”. Nesse dia, fiscais da Justiça Eleitoral encontraram R$ 27 mil no local onde estava o vereador Ozéias (PSDB), em Travessão. Agendas com dados pessoais e contatos telefônicos, currículos e santinhos que seriam distribuídos na campanha eleitoral também foram recolhidos pela PF.

A partir daí foi iniciada a investigação que culminou no inquérito que indiciou 39 pessoas ligadas ao grupo político do ex-governador Anthony Garotinho (PR), várias destas pessoas chegaram a ser presas.

Apontado como o líder do esquema, Garotinho foi condenado por quatro crimes: Associação criminosa, coação no curso do processo, supressão de documentos e corrupção eleitoral.   

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

STF decide aplicar Ficha Limpa a políticos condenados antes de 2010

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (4) aplicar a Lei da Ficha Limpa para políticos condenados por abuso de poder em campanha antes de 2010, quando a lei passou a vigorar.

Votaram nesse sentido 6 dos 11 ministros da Corte, de modo a tornar esses políticos inelegíveis por oito anos e não somente por três anos, como estabelecia a lei anterior a 2010, da época em foram condenados.

Apesar do resultado, os ministros voltarão a discutir o tema na sessão desta quinta-feira (5), a fim de decidir quem efetivamente será atingido pela decisão. A chamada “modulação de efeitos” deverá definir, por exemplo, como ficam os mandatos de quem foi eleito após cumprir os três anos de inelegibilidade previstos na lei anterior a 2010. Para alguns ministros, eles não poderão ser cassados, já que cumpriam os requisitos exigidos à época da candidatura.

Durante o julgamento, prevaleceu no plenário o voto do ministro Luiz Fux, para quem o prazo de inelegibilidade não é uma punição para o político condenado, mas uma “condição de moralidade”.

O ministro considera que a ficha limpa do candidato – a ausência de condenação – é um requisito que deverá ser verificado pelo juiz eleitoral no momento do registro, assim como a idade mínima para o cargo pretendido, filiação a partido político, nacionalidade brasileira, entre outros.

*Fonte: G1

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Entenda porque o TSE revogou a prisão de Garotinho


Como o próprio Garotinho teria dito em uma conversa gravada com autorização da Justiça, as pessoas normalmente não tem meio termo com relação a ele, há aqueles que amam e outros que o odeiam.


Se os seguidores do ex-governador estão comemorando aos quatro ventos a decisão do TSE, de revogar a prisão do político, os que não simpatizam com ele não estão gostando nada de Garotinho não começar a cumprir a pena imediatamente. 

O que acontece, é que o Supremo Tribunal Federal assentou jurisprudência, que nos crimes que incidem em privação de liberdade, a reclusão deve ocorrer somente após sentença confirmada em colegiado, no caso de Garotinho, caso o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), confirme a sentença de primeira instância, o político deverá começar a cumprir sua pena, de quase 10 anos, em regime fechado, isto é, na cadeia.

Quem assistiu à sessão, pode perceber a ênfase que o presidente do TSE, Ministro Gilmar Mendes, dava ao falar do que ele chama de ilegalidade da prisão, expressando, inclusive, a vontade dele, em só prender os réus após o processo transitar em julgado, isto é, última instância. Mas o TSE não pode ir contra uma decisão do Supremo, sendo assim, quando o recurso de Garotinho for julgado no plenário do TRE, se o colegiado confirmar a condenação ele será preso, caso o Tribunal reforme a sentença do juiz Ralph Manhães, ele segue em liberdade.   

Anthony Garotinho foi condenado em primeira instância a nove anos, 11 meses e 10 dias de prisão, por associação criminosa, coação no curso do processo, supressão de documentos e compra de votos, no caso “Chequinho”.    

Servidores da Faetec decretam greve a partir desta sexta-feira

Servidores da Faetec decidiram, em assembleia nesta quarta, decretar greve da categoria por tempo indeterminado, devido ao atraso do salário de agosto.

A assembleia ocorreu na unidade de Quintino e não há previsão de data para nova reunião da categoria. Segundo o presidente do SindpeFaetec, Marcos Freitas, a decisão foi tomada também com base no risco do atraso do pagamento do salário de setembro.

A partir desta quarta, eles farão uma paralisação de 48 horas, e já na sexta-feira será iniciada a greve. O governo estadual pagou mais de 80% da folha do funcionalismo. Ainda restam receber o salário de agosto mais de 70 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas.

Fonte: O Dia

Votação de proposta sobre maioridade penal é adiada na CCJ do Senado

A votação da Proposta de Emendas Constitucional (PEC) 33/2012, que reduz a maioridade penal em casos como homicídio doloso de 18 para 16 anos, foi adiada hoje (27), por 10 votos a 8, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.

A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) sugeriu adiar por 30 dias o debate para estudar o assunto, em função de sua complexidade, o que foi acatado pela maioria.

O pedido foi feito após a fala do senador Magno Malta (PR-ES), que afirmou que o país não deve tratar "homens que portam escopetas como crianças com chupetas".

Em seguida, a petista criticou "discursos simplistas".  "A gente não analisa que, ao baixar a maioridade, não está fazendo essa responsabilização para a sociedade como um todo. A redução só vai recair sobre os meninos pobres", acrescentou Gleisi.

O relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), pediu ao presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), que retome a discussão sobre a PEC o quanto antes e que a suspensão não seja interpretada como a interrupção definitiva do debate.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

TSE revoga prisão domiciliar de Garotinho

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabaram de decidir, que o ex-governador Anthony Garotinho, condenado há quase 10 anos de prisão no caso que ficou conhecido como “Chequinho”, aguardará o julgamento do mérito em segunda instância (TRE), em liberdade. Garotinho está cumprindo medidas cautelares, em sua casa, no bairro da Lapa, em Campos, desde o último dia 13. Com a decisão, Garotinho poderá retomar sua rotina normal imediatamente. Votaram a favor da concessão do Habeas Corpus: O relator, Ministro relator,Tarcísio Vieira Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Ministro Admar Gonzaga Votaram contra a concessão do Habeas Corpus: Ministra Rosa Weber Ministro Herman Benjamin Detalhes em instantes.  

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Governo Rosinha tinha mais membros da família Cassiano que governo Diniz


A nomeação da irmã do delegado da Polícia Federal, Paulo Cassiano Júnior, para um cargo em comissão na Secretaria de Fazenda do município de Campos, em meio à nomeação de 15 outros DAS, motivou uma série de comentários nas redes sociais, e chegou ao colunista de O Globo, Lauro Jardim.


Numa nota intitulada “Emprego para irmãos”, o colunista fala sobre a nomeação de Fernanda Cassiano Abud para a Secretaria de Fazenda e lembra a nomeação de Guilherme Bastos Cassiano em janeiro. Guilherme foi nomeado em janeiro para um cargo em comissão na Fundação Municipal de Esportes, o informante do colunista só se esqueceu de relatar que o pai do delegado, que ocupava cargo em comissão, como ouvidor da Secretaria de Saúde, no Governo Rosinha, foi exonerado assim que Diniz assumiu a Prefeitura, mesmo sendo o Dr. Paulo César Barcelos Cassiano, o cirurgião dentista mais antigo em exercício na Prefeitura.

Confira no quadro os familiares que ocupavam cargo em comissão no governo Rosinha e os que estão no governo Diniz:

Comissionados no governo Rosinha:
Paulo César Barcelos Cassiano - Pai
Guilherme Bastos Cassiano – Irmão
Rosana Bastos - Prima
Carlos Alberto Barreto Davi – Primo 
Fernanda -  Esposa do primo
Governo Rafael Diniz:
Fernanda Bastos Cassiano Abud - Irmã
Guilherme Bastos Cassiano – Irmão
Rosana Bastos - Prima

No placar dos comissionados, o governo Rosinha ganha fácil, até porque, dos três familiares do delegado nomeados no momento, dois já estavam nomeados no governo anterior.

Em tempo: Rosana e Fernanda são funcionárias de carreira da Prefeitura de Campos.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

TSE arquiva reclamação de Garotinho contra redesignação de juiz

O jornalista Fernando Leite, noticiou há pouco aqui, em seu blog, que o Ministro Herman Benjamin, indeferiu e mandou arquivar reclamação interposta pelo advogado do ex-governador Anthony Garotinho, sobre a designação do juiz Ralph para exercício na 100ª Zona Eleitoral. 

Confira a sentença, divulgada em primeira mão for Fernando:





quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Cabral é condenado a 45 anos de prisão e Adriana Ancelmo a 18


O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi condenado nesta quarta-feira (20) por crimes investigados pela Operação Calicute, um dos desdobramentos da Lava Jato. Cabral foi condenado a 45 anos e 2 meses de reclusão, além de multa, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa.


Segundo denúncia da Operação calicute, o esquema desviava verbas do contratos do governo do RJ com empreiteiras. Além de Cabral, a sentença do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal também condena outras 11 pessoas por participação no esquema. A esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, foi sentenciada a 18 anos e 3 meses de prisão.

Na sentença, Cabral é descrito como "idealizador do gigante esquema criminoso institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, era o chefe da organização, cabendo-lhe essencialmente solicitar propina às empreiteiras que desejavam contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em especial a Andrade Gutierrez, e dirigir os demais membros da organização no sentido de promover a lavagem do dinheiro ilícito".

Fonte: G1

Pela primeira vez, Alerj rejeita contas do TCE


Com 54 votos contrários e nenhum favorável, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) rejeitou, nesta quarta-feira (20/09), as contas de 2015 do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ).O projeto de decreto legislativo 43/17, que aprovaria as contas, mas foi rejeitado, será promulgado e publicado no Diário Oficial nos próximos dias. De acordo com o Regimento Interno da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deverá fazer um relatório que indique as consequências da rejeição. 

Cabe ao Ministério Público avaliar e adotar medidas judiciais, como, por exemplo, propor uma ação por improbidade administrativa.Em março, a comissão de Orçamento da Casa deu parecer favorável pela aprovação, com unanimidade dos votos. Hoje no plenário, o deputado Luiz Paulo (PSDB), que é um dos integrantes da comissão, defendeu a rejeição. “Contabilmente as contas estavam corretas, mas depois do parecer feito pela comissão, o ex-presidente do TCE, Jonas Lopes declarou ser réu confesso, então não podemos aprovar politicamente as contas”, disse. 

Outros parlamentares citaram o fato do próprio TCE ter informado que faria uma auditoria em todos os contratos da gestão do ex-presidente. O documento apresentado pelo TCE à comissão mostrou que o órgão encerrou o exercício financeiro de 2015 com orçamento de R$ 661,6 milhões e despesa empenhada de R$ 631,7 milhões, apresentando economia orçamentária de R$ 29 milhões. A despesa com pessoal correspondeu a 1,08% da receita corrente líquida, estando, portanto, dentro dos limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Alex Firme retorna ao Legislativo de São João da Barra

O vereador Alex Firme (PP) vai retornar à Câmara na próxima semana. Ele estava licenciado do cargo desde o início deste ano quando passou a ocupar a função de secretário Municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos. O parlamentar informou que vai protocolar no Legislativo, nesta quinta-feira (21), um ofício informando sobre o seu retorno. O lugar de Alex na Casa foi ocupado pelo suplente Jonas Gomes de Oliveira (PP).

Felippe Klem é exonerado da Procuradoria de Quissamã

Logo após a entrevista coletiva, onde o delegado Paulo Cassiano Jr. informou sobre o possível envolvimento do ex-procurador da Câmara de Campos, atual procurador da Prefeitura de Quissamã, Felippe Klem, no escândalo da proposta de suborno ao juiz Glaucenir de Oliveira, a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, exonerou Felippe.

O denunciado tem até amanhã para comparecer à Polícia Federal para prestar esclarecimentos e deve cumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça.


 

Justiça grava áudio em que ex-procurador declara seu amor por Garotinho

GAROTINHO: Ô, FELIPPE, eu sou uma cara… Eu sou o seguinte: eu sou frontal! Eu não tenho ninguém que me ache… me ache mais ou menos. Ou me ama ou me odeia!

FELIPPE KLEM: Eu amo.

GAROTINHO: Ah, você pode amar, mas…

FELIPPE KLEM: Eu amo por hereditariedade ainda por cima, eu amo o senhor de segunda geração.

GAROTINHO: Eu sei, querido, seu pai já era meu amigo, mas eu digo o seguinte…

FELIPPE KLEM: Amigo era muito tênue. Amigo era muito pouco para papai. Papai era fã do senhor! Muito!

GAROTINHO: Eu sei, meu querido, mas só que o que eu tô querendo dizer é o seguinte: ou a gente enfrenta essas situações ou senão, com o poder que eles têm de mídia, dinheiro, isso e aquilo, eles derrubam a gente, rapaz, não tem como!

FELIPPE KLEM: Nós estamos enfrentando, governador, é que neste momento o enfrentamento precisa parar um pouquinho de bater nas personalidades, pra resolver isso.

Proposta de suborno foi de cinco milhões, mas “o céu era o limite”


A PF cumpriu na manhã desta quarta-feira (20) mandado de busca e apreensão na residência do ex-Procurador da Câmara Municipal de Campos, Luiz Felippe Klem de Matos, acusado de intermediar a proposta de suborno ao juiz Glaucenir de Oliveira, na época em que ele assumiu a 100ª Zona Eleitoral, no período de férias do Dr. Ralph Manhães. 

Klem teria enviado as propostas, através de dois empresários, amigos do juiz, separadamente, em ocasiões diferentes.

O advogado, que não está na cidade, tem até esta quinta-feira (21) para se apresentar à Delegacia para prestar esclarecimentos. Além da busca e apreensão foram determinadas as seguintes medidas pela Justiça.
- Comparecer em juízo mensalmente perante o cartório eleitoral para informar e justificar as atividades até o dia 10 de cada mês;
- proibição de manter contato com as testemunhas da ação penal, bem como as demais testemunhas da Chequinho;
- proibição de se ausentar da Comarca por mais de cinco dias sem autorização prévia do juízo;
- proibição de acesso as dependências da Câmara e do Executivo no município, salvo na condição de contribuinte;
- recolhimento domiciliar aos finais de semana.

Em coletiva concedida na sede da Polícia Federal, o delegado Paulo Cassiano que presidiu o inquérito declarou que “os fatos não deixam dúvida do envolvimento do Luiz Felippe Klem que já é denunciado criminalmente pela prática da corrupção”.


A primeira proposta, teria sido de um milhão de reais, para que Garotinho e seu filho Wladimir não fossem presos. A segunda proposta, teria vindo com o valor de cinco milhões, sendo que o interlocutor teria deixado claro que "o céu era o limite".

Klem atualmente é Procurador Geral da Prefeitura de Quissamã. 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Rosinha sem "live": Juiz proíbe internet na casa do Garotinho


Depois de ser preso dentro da emissora em que vinha apresentando programas matinais na capital do Rio, ter prisão domiciliar decretada e assim estar impedido, dentre outras coisas de ter acesso a internet, o ex-governador Anthony Garotinho, que foi condenado em primeira instância por associação criminosa, coação no curso do processo, supressão de documentos e compra de votos, parece estar vendo o cerco cada vez mais se apertando.

Depois de tomar conhecimento das postagens feitas de dentro de sua residência, por sua esposa, a também ex-governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, o juiz Ralph Manhães tomou mais uma medida, que por sinal, havíamos destacado aqui no Dizem por Aí que poderia acontecer, e não era preciso bola de cristal para ver o que estava por vir. Ele proibiu o uso da internet na residência. 

A notícia foi dada pela própria ex-governadora, que no blog do Garotinho. A partir de agora, fica proibida a utilização de internet dentro da residência, que fica localizada no bairro da Lapa, em Campos, onde Garotinho permanece preso. 

O juiz também determinou, segundo Rosinha,  que todos os telefones da casa sejam cadastrados, fixo e celulares e determinou que mantenha registrado o horário de entrada e saída da família do ex-governador. 

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

TRE decide que Garotinho continua em prisão domiciliar


O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), negou o Habeas Corpus ao ex-governador Anthony Garotinho. Por unanimidade, os desembargadores decidiram que o réu permanecerá em prisão domiciliar até o julgamento do mérito, o que ainda não tem data para acontecer. A antenada Suzy Monteiro trouxe a informação em primeira mão em seu blog, Na Curva do Rio.

Quando o mérito for julgado, caso o TRE confirme a sentença do juiz Ralph Manhães, o ex-governador deverá cumprir a pena em regime fechado. Os advogados ainda podem recorrer, pedindo a liberdade de Garotinho no TSE.

Garotinho foi condenado há mais de nove anos de prisão.

domingo, 17 de setembro de 2017

Internet normal na casa da Lapa?


Um questionamento que os internautas tem feito é com relação ao funcionamento da internet na casa do ex-governador Anthony Garotinho,  que cumpre prisão domiciliar desde a última quarta-feira (12/09). Na sentença, o juiz Ralph Manhães determina que o réu não utilize meios de comunicação, como telefones, tablets e computadores, mas não especifica que na residência outras pessoas não possam utilizar os aparelhos.  


A curiosidade veio à tona após a ex-governadora Rosinha fazer uma transmissão ao vivo no Facebook de dentro da casa. Assim que a Polícia Federal visitou a residência, imediatamente após a prisão, informou ao juízo da 100ª Zona Eleitoral da impossibilidade de garantir que o político não esteja utilizando tais meios.

A qualquer momento o juiz pode emitir uma ordem de bloqueio da internet no local, se julgar necessário. 

JULGAMENTO NO TRE
Está previsto para esta segunda-feira (18/09), o julgamento do Habeas Corpus impetrado pelos advogados do Garotinho, no plenário no TRE. Ainda não se trata do julgamento do mérito, apenas uma decisão se o ex-governador poderá aguardar o julgamento em segunda instância em liberdade, ou se permanece em prisão domiciliar.

sábado, 16 de setembro de 2017

Veja entrevista Dr. Ralph Manhães, que cita teoria da conspiração

O juiz Ralph Manhães, responsável pela sentença que levou Anthony Garotinho à prisão domiciliar, falou à Veja nesta sexta-feira. Na entrevista o juiz responde que não vê problemas em Garotinho ter sido preso enquanto apresentava o programa de rádio. Confira a publicação da Veja online, na íntegra:

O juiz Ralph Manhães tornou-se personagem relevante na política fluminense esta semana ao mandar prender o ex-governador Anthony Garotinho por corrupção eleitoral. Menos pelo fato – ele já havia sido detido uma vez em novembro do ano passado -, mais pelas circunstâncias. Na última quarta-feira, Garotinho foi levado por agentes da Polícia Federal durante o seu programa na Rádio Tupi para cumprir um mandado de prisão domiciliar em sua residência em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense. O enredo tornou-se a ainda mais inusitado porque o locutor que imediatamente substituiu o ex-governador no ar teve que inventar uma história para os ouvintes: “Ele até tentou, mas a voz foi embora. Orientação médica é que pare de falar”, explicou o novo âncora. Em entrevista a VEJA, o juiz Manhães apresenta as justificativas para as medidas que adotou: além de condenar Garotinho a nove anos e 11 meses de prisão e colocá-lo com uma tornozeleira eletrônica, o magistrado autorizou o contato do político apenas com advogados e familiares. Falar em programa de rádio ou escrever em blog, nem pensar. Abaixo os principais trechos da conversa:


Quais as razões para condenar Garotinho e, logo depois, determinar uma medida cautelar de prisão domiciliar? Quem me critica provavelmente não leu as 236 páginas da minha sentença. Trato de corrupção eleitoral, formação de quadrilha e supressão de documentos públicos de forma robusta. Tenho mais de cem depoimentos que mostram como a prefeitura de Campos (comandada por Rosinha Garotinho, mulher do ex-governador) usou o programa Cheque Cidadão, uma espécie de Bolsa Família, para comprar votos. Tenho laudo da Polícia Federal que mostra como documentos foram apagados.  Com a proximidade das eleições municipais de 2016, quando Garotinho tentaria eleger um aliado, houve aumento de beneficiários do programa de 14 000 para 31 000 famílias. Entendi que era importante determinar a medida cautelar porque várias testemunhas deste processo tem sido coagidas ao longo dos últimos meses. Não ia passar por cima do STF que entende que a questão da prisão só deve ser cumprida após segunda instância, mas entendo que é importante a permanência de Garotinho em casa.

A família Garotinho insinua que a sua decisão tem a ver com o fato do ex-governador fazer acusações contra o desembargador Luiz Zveiter…  É teoria da conspiração. Só vi Zveiter duas ou três vezes na vida. Me baseio em fatos apenas e esse discurso dele é o da vitimização.

Qual a necessidade de prendê-lo durante o programa de rádio? A forma de cumprimento do mandado cabe à Polícia Federal, não a mim. Agora, honestamente não vejo problemas no que aconteceu. É indiferente se o réu foi encontrado em casa, numa obra, escritório ou emissora de rádio. Não cabe criar regras e dizer que tal lugar pode, tal lugar não pode. Se por acaso ele ficasse dez horas no ar naquele dia, por acaso os agentes teriam que esperar tudo isso para cumprir o mandado?

E por que impedi-lo de dar entrevistas e escrever no blog? Por dois motivos: 1) ele usa a internet para intimidar autoridades. Uma coisa é a liberdade de expressão. Outra é ficar caluniando as pessoas. 2) presos não podem se comunicar com o mundo exterior. Veja que Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo estão na mesma situação. Condenado pelo mensalão, Roberto Jefferson no passado também quis dar entrevistas preso e não conseguiu.

Marcinho VP e Nem da Rocinha, dois chefões do tráfico, deram entrevistas de dentro da cadeia para livros recentes… Não vou me manifestar sobre fatos que não conheço, mas certamente houve estipulação de várias regras para que eles pudessem falar. O certo é que pessoas detidas não falem. Prisão é segregação e isso está previsto em lei.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ministro do TSE nega pedido de liberdade de Garotinho

Por entender que reclamação não é o instrumento cabível para questionar prisão preventiva após sentença, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Tarcisio Vieira de Carvalho Neto negou, nesta sexta-feira (15/9), pedido do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) para revogar sua detenção domiciliar.

Garotinho foi condenado a 9 anos, 11 meses e 10 dias de prisão pela prática dos crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento público e coação durante o processo.

A decisão é do juiz Ralph Machado Manhães Junior, da 100ª Zona Eleitoral fluminense, que entendeu que Garotinho usou ilicitamente o programa Cheque Cidadão, de Campos dos Goytacazes, para comprar votos para eleger o sucessor sua mulher, Rosinha Garotinho, nas eleições municipais de 2016.

Além disso, o juiz eleitoral decretou a prisão domiciliar de Garotinho, que foi detido enquanto apresentava seu programa de rádio no Rio. Segundo o magistrado, a detenção é necessária porque o político desrespeitou as medidas cautelares impostas a ele durante o processo, queimou documentos públicos e tentou intimidar testemunhas.

Garotinho então moveu reclamação, no TSE, e impetrou Habeas Corpus, no Tribunal Regional Eleitoral fluminense, pedindo que aguarde o fim de seu processo em liberdade. Mas Tarcísio Vieira avaliou que esse pedido não poderia ser feito via reclamação.

A medida buscava que o TSE reafirmasse duas decisões em HCs - uma que revogou a primeira prisão preventiva do político e outra que garantiu sua liberdade de expressão. Só que essas decisões ocorreram na fase de instrução do processo. Terminada essa etapa com a sentença, não cabe reclamação com esse pedido, decidiu o ministro. O TRE-RJ ainda não julgou o HC de Garotinho.

Fonte: Conjur

Habeas Corpus de Garotinho vai a plenário do TRE e Rosinha parte para o ataque

Foto: Carlos Grevi


Insatisfeita com a decisão da desembargadora Cristina Feijó, de levar o julgamento do Habeas Corpus de Garotinho ao pleno do TRE, a ex-governadora Rosinha partiu para o ataque, publicando este texto no Facebook:

"A balança do TRE do RIO
Mais uma decisão para reforçar a parcialidade do tribunal eleitoral, por influência do todo poderoso Zveiter.
Depois de 3 dias com o pedido de liminar em habeas corpus em favor do Garotinho, a relatora do caso, decidiu não decidir, e deixar para o plenário do TRE se pronunciar sobre as ilegalidades praticadas pelo juiz Ralph Manhães, somente na segunda feira a noite. Qual o motivo? Deixar o Garotinho sem poder falar mais tempo.

Mas nem sempre o tribunal age assim. Compradora de voto conhecida, a prefeita de São João da Barra,foi presa em flagrante, com maços de dinheiro comprando votos para seu candidato, Neco. Seu processo levou 4 anos para ser julgado, e ficou presa apenas por poucas horas, pagou fiança e, apesar da fartura de provas, pode se candidatar, se eleger e governa simultaneamente sua cidade e também Campos, onde indicou boa parte do secretariado de Rafael Diniz, a quem ofereceu fartura de dinheiro na campanha eleitoral.

A diferença entre Garotinho e Carla é simples. Carla é aliada de Cabral, foi peça fundamental para massacrar os produtores rurais a serviço de Eike Batista no Porto do Açu. Um dos amigos mais chegados a Jorge Picciani e seu sócio, Hugo Aquino, é o homem mais rico da cidade e tem grandes negócios com as prefeitura de São João da Barra e outras ligadas ao grupo do PMDB estadual.


Recentemente o TRE a condenou, mas deixando no cargo até o final de seu mandato. Afinal, o dono do Conhaque de Alcatrão de São João da Barra tem indicações no TRE, gente que prende inocentes e protege corruptos.

Essa é Justiça do Rio, onde a balança pesa sempre para o lado que servir a Zveiter, o homem de Cabral no Judiciário. Aquele que chamava Adriana, mulher de Cabral, de madrinha do judiciário estadual.

Garotinho está pagando a conta de ter denunciado os bandidos. Mas que vergonha esse nosso estado.
ROSINHA GAROTINHO"

Polícia Federal faz primeira inspeção na casa de Garotinho após prisão

Agentes da Polícia Federal estiveram na tarde desta sexta-feira (15/09), na casa de Anthony Garotinho, para fazer a primeira inspeção, após a prisão domiciliar do ex-governador e ex-secretário de Governo de Campos.

Nos próximos dias devem ser adotadas medidas que restrinjam o uso de aparelhos eletrônicos na casa, já que a ex-prefeita Rosinha, está utilizando as redes sociais, de dentro da casa, inclusive para fazer live (transmissão ao vivo pelo Facebook). O que leva a crer, que diferente do que determina a sentença do juiz Ralph Manhães, o ex-governador esteja tendo acesso à internet.

Mesmo com a proibição de visitas, algumas pessoas ainda insistem em ficar em frente a casa, nesta sexta, o número de pessoas era bem pequeno, diferente do dia em que o ex-governador retornou à casa.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Garotinho chegando a casa, na Lapa
 Foto: Carlos Grevi

Após ser preso pela Polícia Federal, na Rádio Tupi, enquanto apresentava seu programa, Anthony Garotinho foi conduzido à Campos, onde, após passar por exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML), foi a sede da Polícia Federal, para colocação da tornozeleira eletrônica, e posteriormente foi para sua residência, na Lapa.


Ainda no IML, a esposa de Garotinho, a ex-prefeita Rosinha, afirmou estranhar que o marido tivesse sido preso um dia após se reunir com Luiz Zveiter, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a quem Garotinho atribuiu diversas acusações.

Apesar de todas as acusações que o ex-governador faz a Zveiter, segundo Rosinha, Garotinho compareceu à audiência com o magistrado.

O MANDADO DE PRISÃO
No mandado de prisão domiciliar, o juiz Raph Manhães determina que somente a esposa, filhos, netos, genitora e advogados de garotinho podem visitar a casa. O juiz também determina que as visitas médicas devem ser comunicadas previamente ao juízo da 100ª Zona Eleitoral e que o condenado está proibido qualquer meio de comunicação eletrônico, isto é, deverá ficar sem telefone, computador, e sem acesso à internet.

A SENTENÇA
Anthony Garotinho foi condenado a nove anos, 11 meses e 10 dias de prisão, por associação criminosa, coação no curso do processo, supressão de documentos e compra de votos.    

Ainda segundo a sentença, o esquema custou R$ 11 Milhões aos cofres públicos.

OUTROS RÉUS
Essa foi a primeira condenação no processo do “Chequinho” que tramita na 100ª Zona Eleitoral, os demais réus ainda serão julgados.


INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS E MENSAGENS

ALESSANDRA e MARIA ELIZA ( Alessandra – Testumunha coagida a gravar um áudio para o réu; Maria Elisa – Supervisora do Bairro Jardim Carioca e ligada ao réu)

Fone do Alvo: 22997234870
Fone de Contato: 22998293698
Data: 29/10/2016
Horário: 21:13:48
Observações: ALESSANDRA x MARIA ELIZA DE SOUZA VIANA DE FREITAS

ALESSANDRA – Quem tá falando? Oi, Maria Eliza. Oi, Maria.
MARIA – Falar uma coisa pra você. Manda esse áudio aí pra mim.
ALESSANDRA – Vou mandar.
MARIA – Que é pra ajeitar com o advogado de GAROTINHO. O advogado de GAROTINHO precisa do seu laudo pra poder aliviar você. Ouviu?
ALESSANDRA – Ouvi. Tchau.
MARIA – Tá. Tchau. Manda aí pra mim.


CHAT 13 – Dia 22 e 23/10/2016 - LINDA MARA e Interlocutor  (Laudo pericial criminal 2589/2016)
( Linda Mara – Ex Assessora particular da esposa do réu e candidata a vereadora eleita)
Interlocutor  - Acho melhor ficar essa semana por fora
Essas coisas que tio GAROTINHO fez vai dar consequência
Linda Mara - GAROTINHO PEDIU PRA GENTE IR.
Interlocutor  - Pro Rio?
Linda Mara - Vai pagar o hotel
Interlocutor  - Quem vai com a senhora?
Linda Mara -  Bete, Luiz, Ana Alice
Interlocutor  – Então vão
Interlocutor  - Se ele mandou
Linda Mara – Estamos resolvendo com Pascoutto

CHAT 14 – Dia 21/10/2016
Interlocutor para Linda Mara – É melhor vc não soltar a gravação da Veronica. Ela só gravou porque a gente disse que ia para os autos do processo. Ela confiou na gente. Foi a única que se manteve firme. Mesmo com a pressão de Paulo Cassiano, ela aguentou firme, não entregou ninguém. Ela é da comunidade e está muito assustada. 

CHAT 15 – Dia 23/10/2016
Linda Mara – Vai todo mundo para o Rio amanhã, GAROTINHO está reservando hotel para nós. O advogado Pica das Galáxias quer falar pessoalmente com todos. Acho que vai dar orientação e o que devemos fazer daqui pra frente.
Interlocutor (5522999336668) -  Ok, vai dar tudo certo

CHAT 16 – Dia 23/10/2016 ( Áquila – Assessor Especial do Gabinete da Prefeita)
Linda Mara - Acha que vc se envolveu muito com o 001
Interlocutor AQUILA - Liga para o zap de GAROTINHO
Interlocutor AQUILA – Ele está tentando falar como vc
Linda Mara – Vou tentar
Linda Mara – Liguei ele não atendeu
Linda Mara – Fala que BETE está comigo
Interlocutor AQUILA – Vc ligou para esse??
Linda Mara – Consegui falar com GAROTINHO

CHAT 17 – Dia 24/10/2016 ( Pascoutto – Chefe de segurança do réu na Prefeitura Municipal)
Linda Mara - Chegamos. Estamos nos instalando no hotel
Interlocutor Pascoutto - Ok, mantenha contato. Bjs.
Interlocutor Pascoutto – O que você acha disso ?????
Linda Mara – Mais uma forma de atingir o chefe, nas vésperas de uma eleição no Rio

CHAT 21 – Dia 23/10/2016
Linda Mara - Jossana vai sair pela manhã daqui com Veronica. Aqui que chegar elas vão pra onde? 
GAROTINHO Pessoal – Thiago Godoy vai orientar ( Thiago Godoy – Ex Sub Secretário Municipal de Governo e candidado a vereador )
Henrique Oliveira – Secretário Municipal de Desenvolvimento Humano e Social que substituiu a anterior secretária Ana Alice)

GAROTINHO- Catorze mil, praticamente, né?
HENRIQUE OLIVEIRA- É... praticamente quatorze.
GAROTINHO- Bom, como é que a gente vai fazer agora pra encaminhar, excluindo esse pessoal que não foi feito? Quem não fez não vai receber, não é Isso?
HENRIQUE OLIVEIRA- Isso. É... tem, tem, tem um outro problema além disso. Quando eu bato com o Bolsa Familia, só cinco mil e quatrocentas famílias têm perfil. O resto tá fora.
GAROTINHO- Não. Então veja bem. Foram... foram recadastradas catorze mil quase.
HENRIQUE OLIVEIRA- Catorze mil.
GAROTINHO- Dos dezessete?
HENRIQUE OLIVEIRA- Quando eu jogo... quando eu jogo pro perfil do Bolsa Familia, que é o mesmo do Cheque, só cinco mil e quatrocentas têm perfil pra receber.  (...)Quando você bate com o programa social, só têm perfil cinco mil e quatrocentas. Agora, o que pode acontecer? Essas famílias não terem sido encontradas pelo Bolsa. Por isso precisava da visita da assistente social! Isso não é conclusivo!
HENRIQUE OLIVEIRA- Não, mas demora pra fazer essa visita!
GAROTINHO- Mas elas também tão.., boicotando, dizendo que não vão fazer, né?
HENRIQUE OLIVEIRA- É... elas dizem que não vão fazer porque a fórmula de entrada foi errada.
GAROTINHO- Conversa fiada, HENRIQUE! Você sabe que antes era feito na Secretaria e elas sempre fizeram.
HENRIQUE OLIVEIRA- É isso aí...
GAROTINHO- E você sabe, inclusive, que teve assistente social que botou irmã, mãe, parente...
HENRIQUE OLIVEIRA- Com certeza I (Risos)
GAROTINHO- Elas não são autoridade pra falar em moralidade!
GAROTINHO- Não tem problema. O importante pra nós é o seguinte: as pessoas foram ai, fizeram o recadastramento, é. Entregaram toda a documentação, que eles diziam que não existia, e que existia, atestaram do próprio punho que elas estão dentro do perfil, né? Então, se tiver responsabilidade... é de quem assinou! Você dá uma declaração que você ta num nível de pobreza... depois vê que num tá?l Quem responde é você! Né?
HENRIQUE OLIVEIRA- Não e, não! Eu conversei com MATHEUS, o MATHEUS aconselha.., fora dos cinco mil e quatrocentos não tem como pagar! Ele diz que não tem saída!
GAROTINHO- Como não tem saída, rapaz?!
HENRIQUE OLIVEIRA- Ué, pergunta a Matheusl Pergunta o jurídico (sic). O juridico diz o seguinte: que quem tá dentro do... você comprova... se você pagar, não tem problema; quem você não comprovar, mesmo que tenha... recadastrado... você é responsável por tudo.
GAROTINHO- Você não é responsável, na medida em que a pessoa assinou de próprio punho uma declaração dizendo...
HENRIQUE OLIVEIRA- Não! O jurídico garante o contrário! A declaração deles é declaração. Agora, não é uma... uma coisa que vá te dar respaldo pra você fazer Isso. Ou você depois vai responder processo e ter que devolver o dinheiro, por ter pago indevido...,
GAROTINHO- Não acredito que ninguém vai mandar devolver dinheiro de Bolsa Família, não.
HENRIQUE OLIVEIRA- O jurídico garante que vai, e ainda vai pagar multa.