segunda-feira, 27 de março de 2017

Ânimos exaltados na audiência da "Chequinho"

Já era de se prever que a audiência que reuniria advogados de defesa e testemunhas de acusação da Operação Chequinho seria quente, o que talvez a defesa não previsse foi a quantidade de vezes que o ex-governador Anthony Garotinho fosse citado pelas principais testemunhas. Além de uma ex-fiel escudeira do casal, o juiz Ralf Manhães ainda ouviu o técnico em informática, responsável por apagar os arquivos dos computadores da Secretaria de Desenvolvimento Humano, onde estavam armazenados dados dos beneficiários do Programa Cheque Cidadão. Nesta segunda-feira (27/03), está ocorrendo o julgamento de Ana Alice Alvarenga, Secretária de Desenvolvimento Humano no governo Rosinha e a então coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch, além dos Miguelito (PSL) e Ozéias (PSDB). Os quatro réus, que chegaram a ser presos, tiveram que comparecer ao julgamento. A base da defesa dos envolvidos no escândalo do "Chequinho" é a tentativa de anulação do processo. Os advogados de defesa perguntaram a uma testemunha se ela foi coagida pelo delegado Paulo Cassiano, dentro da Delegacia da Polícia Federal em Campos, e diante da negativa da mesma, ele questionou se ela teve algum privilégio, o que também foi negado pela testemunha. Já o Ministério Público focou nos detalhes do esquema para captação de beneficiários e em quem comandava a operação do esquema. Visivelmente nervoso, o advogado de Garotinho precisou ser repreendido algumas vezes pelo juiz Ralf Manhães. Nesta terça-feira (28/03), acontece o julgamento da ex-prefeita Rosinha Garotinho, do ex-vice-prefeito, Dr. Chicão e do ex-vereador Mauro Silva. Gisele Koch e Ana Alice serão julgadas novamente, desta vez, na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Os ex-vereadores Ozéias (PSDB) e Miguelito (PSL), a ex-coordenadora do Cheque Cidadão Gisele Koch e Ana Alice Alvarenga, ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social — estão presentes. Nesta terça-feira (28), Ana Alice e Gisele serão julgadas de novo, mas em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), na qual também são réus a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR), Dr. Chicão (PR) e Mauro Silva (PSDB). Outra testemunhas, como assistentes sociais, líderes comunitários e beneficiários do programa, também seriam ouvidos. Um dos momentos tensos para a defesa foi quando o juiz lembrou que prisões dos envolvidos no esquema ainda podem ocorrer, já que no final de fevereiro o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) negou o Habeas Corpus a vários envolvidos.

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